Esta época do ano é caracterizada por mudanças bruscas de temperatura e clima seco, o que favorece o desencadeamento de quadros alérgicos e as doenças respiratórias. A fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, da clínica Zambotti & Duran da capital paulista, conta que é comum também acumular secreção na orelha média e que assim ocorram as otites, principalmente em crianças. “Esta alteração, às vezes não apresenta sintomas que despertam alerta nos pais, como febre e dor, mas é altamente prejudicial ao desenvolvimento tanto da linguagem como da aprendizagem por causar, ainda que temporariamente, um significativo rebaixamento dos limiares auditivos e prejudicar a audição”, diz a especialista.
Para ajudar a perceber os sintomas, Ana Lúcia, deixa alguns importantes pontos e a serem observados:
• Ahã, O que???
Desatenção e dificuldade em compreender o que é dito além de solicitação frequente de repetição como: ahã, que???
• Volume nas alturas
Aumento da intensidade (volume) da voz (ás vezes falam quase gritando) e agitação ou prostração;
• Notas vermelhas
Nas crianças em fase escolar há prejuízos na compreensão das instruções e do conteúdo pedagógico e pode refletir em notas mais baixas;
• Troca letras
Nos pequenos, os prejuízos são relativos à compreensão e assimilação dos sons da fala, podendo levar a trocas que não são esperadas para nenhuma fase do desenvolvimento como: B/P; D/T; G/K; V/F; Z/S; J/X.
Como forma de prevenção, a fono diz que é importante investir na hidratação com a ingestão de líquidos e manter as narinas sempre limpas e hidratadas, higienizando com soro fisiológico diariamente. “Além disso, os exercícios de sopro com bexiga ou língua de sogra, por exemplo, também favorecem a ventilação da orelha média e ajudam a prevenir os danos”, diz Ana Lúcia.
Fonte: Ana Lúcia Duran/ Foto: Divulgação