No Brasil, quase 60 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama todos os anos. A obesidade é um risco importante, seguida pelo sedentarismo, alcoolismo e tabagismo
De acordo com os dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer, ligado ao Ministério da Saúde – , em 2018 o Brasil registrou 59.700 novos casos de câncer de mama. Esse número coloca o câncer de mama na liderança isolada de novos casos diagnosticados em mulheres. Os médicos relacionam o fator genético em poucos casos. Em 90% das mulheres diagnosticadas com câncer de mana não há nenhuma alteração genética, os casos hereditários são menos de 10%.
A grande maioria dos casos tem relação com o estilo de vida. A obesidade é um risco importante, seguida pelo sedentarismo, alcoolismo e tabagismo. Por isso, cuidar da alimentação e ter hábitos saudáveis são atitudes muito importantes para preservar o organismo e prevenir a incidência do câncer de mama.
Para ajudar as mulheres a se cuidarem, a nutricionista Angela Federau indica alguns alimentos que podem ser considerados “amigos da mama”:
Frutas vermelhas contém antocianinas que retardam o crescimento de células malignas.
Romã contém ácido elágico, um antioxidante que ajuda a inibir a enzima aromatase, responsável pela produção de estrogênio e fundamental para o surgimento de células cancerígenas.
Melancia, Morango e Tomate são frutas ricas em licopeno que protege as células do nosso organismo contra os radicais livres, além de ser também responsável por estimular o sistema imunológico.
Uva, rica em flavonoides que podem retardar o crescimento de células malignas no organismo.
Cenoura é rica em carotenóides, que atuam no combate aos radicais livres. Acerola, abóbora e manga são outras boas fontes desse nutriente.
Brócolis contém sulforafano, molécula capaz de aumentar o número de enzimas protetoras presentes no tecido mamário.
Soja (não transgênica) é rica em fitoestrógenos que atuam como protetores contra o câncer de mama.
Ervas e especiarias como pimenta preta, curry, salsa, manjericão, orégano e açafrão são ricos em antioxidantes que possuem ação anti-inflamatória auxiliando na prevenção do câncer de mama.
Chá-verde contém antioxidantes chamados catequinas, que podem ajudar a prevenir o câncer.
Linhaça é fonte de lignana, um fitoestrógeno de ação relacionada à prevenção de câncer de mama.
Azeite de oliva, abacate e castanhas são gorduras boas com propriedades anticancerígenas.
Evitar a acidose metabólica ajuda a não criar um ambiente propício ao desenvolvimento do câncer de mama
A acidose metabólica é condição caracterizada pela redução do pH sanguíneo. O consumo excessivo de alimentos com resíduo de digestão ácidos, ao invés de alcalinizadores leva ao desequilíbrio ácido-básico, gera inúmeros danos ao organismo. Estudos revelam que essa condição acontece de forma crônica e prolongada, acarretando desequilíbrios metabólicos e o aumento do risco de doenças
Um estudo publicado no International Journal of Cancer analisou os efeitos do potencial acidificante da dieta sobre o risco de câncer de mama. O estudo, incluiu 43.570 mulheres, mostrou que o risco de câncer de mama invasivo foi 21 vezes maior nas participantes consumindo uma dieta com perfil acidificante, em comparação com as participantes que possuíam uma alimentação mais alcalinizante.
No câncer de mama, associado ao receptor de estrógeno negativo, o risco de desenvolver a doença nas mulheres com alimentação acidificante foi ainda maior: 67 vezes. Os autores concluíram que o consumo de dietas acidificantes pode ser um fator de risco para câncer de mama, enquanto dietas com perfil alcalinizante podem atuar na redução do risco da doença.
Angela Federau, criou uma metodologia nutricional que visa a alcalinização em seus tratamentos nutricionais. “O ambiente mais propício para o câncer é ácido. Sendo assim, nosso objetivo com essa metodologia é não criar esse ambiente para o desenvolvimento dessa doença”, explica a nutricionista.
Fonte: Comando News/ Foto: Divulgação