Perdas gestacionais de repetição

 Dr. Caio Bruzaca explica os motivos que levam a tais perdas

 

Para os abordos espontâneos (interrupções instintivas da gestação) ou mesmo a existência de três ou mais suspensões da evolução do feto durante a gravidez denomina-se Perdas Gestacionais de Repetição.

Não há dados divulgados sobre o caso, mas estima-se que cerca de 10 a 20% das gestações clínicas evoluam para o abortamento espontâneo esporádico até a 22ª semana.

Diversos são os fatores que interrompem, de forma repetitiva, o sonho de uma mãe. Entretanto, quais são eles? E como explicá-los?

 

Causas

“Antes de um tratamento, deve-se ter em mente as causas mais frequentes de abortamento habitual”, aponta o médico geneticista Dr. Caio Bruzaca.

Há procedências distintas para os abortamentos habituais. Citamos aqui as infecções, alterações anatômicas, endócrino-metabólicas, cromossômicas ou genéticas, trombofilias, causas imunológicas e até mesmo o aborto recorrente sem explicações. Contudo, 40% das perdas permanecem sem uma causa definida, avaliadas como idiopáticas.

“Quando o sonho da gestação de uma mãe é interrompido, dá-se o codinome de Tempestade. E Bebê Estrela é aquele que não sobreviveu”,  explica ainda o médico.

Se houver uma gestação completa oriunda dos tratamentos adequados, o recém-nascido é chamado de Bebê Arco-Íris.

 

Como proceder, caso aconteça uma interrupção da gravidez?

Toda gravidez deve ser assistida. Se houver complicações, alguns cuidados devem ser tomados. Exames médicos são necessários caso o aborto espontâneo ocorra. E o ideal é que a mulher não tente engravidar novamente antes de quatro meses. É que pode haver a interrupção incompleta, ou seja, alguns resquícios da placenta podem ficar dentro do útero, evoluindo para infecções e hemorragias.

A família precisa de amparo médico. O histórico do homem e da mulher é importante para avaliação dos fatos. Exames ginecológicos e genéticos se tornam imprescindíveis. Sendo assim, a história familiar e clínica podem apontar a origem do problema.

Por outro lado, a perda de um bebê pode afetar psicologicamente uma mulher. São comuns os casos em que as mães se isolam, tendo inclusive comportamentos físicos como insônia. Portanto, caso haja alguma interrupção espontânea na gravidez, a atenção com a gestante deve ser redobrada.

“Buscamos uma gestação o mais saudável possível, sempre! Portanto, é recomendável procurar um médico geneticista no intuito de verificar o motivo das perdas e, enfim, receber um aconselhamento genético e a melhor indicação de como vencer a Tempestade, e obter o tão sonhado Bebê Arco-Íris”,  finaliza o Dr. Caio Bruzaca.

 

Fonte: Salatiel Araújo   Foto: Divulgação

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