Fisioterapeuta e educador físico explicam a técnica de liberação miofascial

A prática da musculação definitivamente modela o corpo, porém o uso excessivo dos músculos através de treinos exagerados podem, a longo prazo, causar alterações posturais e comprometimento no sistema músculo-articular. Dessa forma, com o passar do tempo, o praticante pode desenvolver lesões que o impedirão de treinar e comprometerão seu bem-estar de uma maneira geral.

Para sanar esses problemas, a Fisioterapeuta e Mestre Ana Gil, comenta o uso de uma técnica chamada liberação miofascial. “É uma técnica utilizada há muito tempo por fisioterapeutas, para diminuição de dores e correção postural. Ultimamente, vem sendo utilizada também por educadores físicos, em diferentes modalidades, pois proporciona aumento da flexibilidade, podendo melhorar o desempenho desportivo”, conta.

O procedimento é realizado pelo profissional que desliza suas mãos sobre os músculos do cliente ou com auxílio de rolos, bolas e ganchos. Há também a possibilidade do praticante realizar a autoliberação miofascial, através do deslizamento do peso do próprio corpo sobre rolos e bolas. Dessa forma, aumenta a liberdade entre o músculo e a fáscia. “A miofáscia é um tecido que recobre todos os músculos do corpo e é extremamente elástica e resistente. A liberação miofascial permite que os músculos deslizem com mais facilidade durante o exercício”, completa o professor de Educação Física titular da UFRJ, Dr. Jefferson Novaes.

Para os praticantes de Pilates, a liberação miofascial só tem a acrescentar “Sempre recomendo o procedimento aos meus alunos de Pilates funcional na clínica. Pois o alongamento da fáscia permite que os músculos e tendões deslizem com mais facilidade e potencializa ainda mais os benefícios do Método. Além disso, é notória a melhora na postura e na flexibilidade”, acrescenta a fisioterapeuta.

Ana Gil explica que as consequências do procedimento são uma fáscia livre de tensões, com maior circulação e oxigênio locais “Alguns pacientes podem sentir um leve desconforto no início, mas logo passa e se transforma em um grande alívio, uma musculatura totalmente relaxada e os músculos muito mais saudáveis a longo prazo”, diz.

O educador físico ainda comenta, “Tanto a liberação quanto a autoliberação miofascial precisam de acompanhamento e supervisão de um profissional, para evitar erros e garantir sua eficácia”, conclui Dr. Jefferson Novaes.

Fonte: Espaço Ana Gil/ Foto: Divulgação

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